Alongando-se das verdades eternas, o homem perde a percepção das linhas simples, das tonalidades puras do Universo; lança-se na confusão dos sentimentos, perturba os sentidos e as ideias e acaba por abdicar da própria personalidade, subordinando-se à mutação constante dos efémeros, dos impositivos transitórios do meio externo. Julgando-se livre, desorienta-se e escraviza-se; imaginando-se forte, é fraco; supondo-se feliz, é desgraçado; e, querendo ser alegre, é triste.
Plinio Salgado